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Política
Postada em 20/05/2025 16:08 | Atualizada em 20/05/2025 19:26 | Por Todo Segundo

Costura entre velhos rivais pode redesenhar corrida ao governo em 2026

Acordo silencioso prevê divisão de espaços e candidatura ao governo definida por Marcelo Victor
Renan e Lira ensaiam divisão de forças; governo ficaria com nome indicado por Marcelo Victor - Foto: Reprodução

As movimentações de bastidores pela sucessão ao governo de Alagoas em 2026 podem tomar um rumo inusitado. Longe do discurso oficial de disputa acirrada, cresce nos bastidores a especulação sobre um possível acordão político envolvendo os principais líderes do estado — um pacto silencioso para evitar desgastes, preservar mandatos e manter o controle sobre os espaços de poder.

O desenho do acordo seria pragmático e estratégico:

• Renan Calheiros (MDB) garantiria sua reeleição para o Senado, conquistando um quinto mandato consecutivo;

• JHC (PL), atual prefeito de Maceió, disputaria a segunda vaga ao Senado, saindo da prefeitura com respaldo político;

• Arthur Lira (PP), por sua vez, manteria sua cadeira na Câmara dos Deputados, onde exerce forte influência nacional.

Com o Senado e a Câmara Federal equacionados, a disputa pelo Palácio República dos Palmares ficaria sob o comando de Marcelo Victor (MDB). Presidente da Assembleia Legislativa e articulador de bastidores, ele não disputaria pessoalmente o governo, mas indicaria um nome de consenso, repetindo a estratégia adotada em 2022, quando viabilizou a candidatura de Paulo Dantas como governador-tampão após a saída de Renan Filho.

Paulo Dantas, por sua vez, está em seu segundo mandato consecutivo como governador — o primeiro tampão e o segundo conquistado nas urnas em 2022 — e não pode disputar a reeleição, conforme determina a legislação eleitoral. Ainda assim, ele permaneceria ativo na política, podendo concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa, mantendo-se dentro do núcleo de poder que comanda o estado.

A articulação serviria para evitar um conflito aberto entre os grupos de Renan e Lira, que poderia fragilizar a base de todos e abrir espaço para surpresas no cenário político estadual. Ao evitar o embate direto, cada líder preservaria seu espaço político, garantindo continuidade e controle sobre os rumos de Alagoas.

Até o momento, nenhum dos líderes confirmou publicamente essa articulação, mas também não a descartam nos bastidores. Com o tempo jogando a favor de quem tem mandato, o cenário seguirá nebuloso até que o tabuleiro eleitoral comece a ser oficialmente montado em 2026.

Como em Alagoas, a política raramente se resolve apenas nas urnas, as decisões mais importantes costumam ser tomadas bem antes — e longe dos olhos do eleitor. Até lá, tudo pode acontecer em Alagoas — inclusive o improvável.

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