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Alagoas
Postada em 11/07/2025 08:38 | Por Todo Segundo

Sinteal desmente Governo de Alagoas e mantém greve na Educação

Sindicato afirma que não houve nova reunião com Paulo Dantas desde maio e acusa governo de mentir sobre avanços
Imagem utilizada na publicação do governo é antiga e fora de contexto, diz Sinteal - Foto: Arquivo Agência Alagoas

O embate entre o Governo de Alagoas e os trabalhadores da Educação ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (10), após o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação de Alagoas (Sinteal) vir a público para desmentir a versão oficial divulgada pelo Estado sobre supostos avanços nas negociações com a categoria. O sindicato reforçou que a greve permanece e acusou a gestão estadual de promover uma "campanha de desinformação" ao divulgar compromissos não cumpridos e reuniões inexistentes.

A nota oficial do Governo, publicada em seus canais de comunicação, afirma que “a maior parte dos pleitos apresentados pela categoria já foi integralmente atendida”. Entre os pontos destacados estão o reajuste de 50% para servidores em áreas de difícil acesso, atualização do auxílio-alimentação retroativa a janeiro, realização de concursos e divisão de recursos do antigo Fundef.

No entanto, segundo o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, as promessas não se concretizaram. “Não podemos permitir que haja uma campanha de desinformação sobre o movimento legítimo das trabalhadoras e dos trabalhadores da Educação. A Educação quer respeito e valorização”, afirmou. Ele destacou ainda que não houve qualquer reunião com o governador Paulo Dantas desde o dia 28 de maio, e que a imagem utilizada na publicação do governo é antiga e fora de contexto.

Reivindicações sem resposta

  • De acordo com o Sinteal, os principais pontos da pauta continuam sem solução efetiva:
  • O reajuste do auxílio-alimentação e do adicional por difícil acesso, prometidos para junho, não foram pagos;
  • O rateio de R$ 30 milhões referente aos precatórios do Fundef segue sem data definida;
  • Não há transparência quanto ao número de aposentados da Educação, o que dificulta o cálculo de impacto do reajuste salarial;
  • Falta avanço legislativo sobre a progressão na carreira para o Doutorado, travada por entraves burocráticos;
  • O reajuste de 10%, defendido com base em estudos orçamentários da própria rede, ainda não foi sequer discutido diretamente com o governador.

Enquanto isso, o governo afirma ter aprovado um reajuste de 4,86%, referente à inflação de 2024, e que qualquer valor adicional pode comprometer o equilíbrio fiscal, sobretudo com os aposentados. A secretária de Educação, Roseane Vasconcelos, declarou que o impacto de um reajuste diferenciado apenas para os educadores poderia gerar “efeito cascata” em outras categorias do serviço público.

Mesmo após mais de um mês de paralisação e uma vigília de 24 horas em frente ao Palácio República dos Palmares, a categoria afirma que o movimento grevista continua com força total. O Sinteal cobra a reabertura imediata das negociações com a presença direta do governador Paulo Dantas e reforça que não aceitará promessas sem cronograma ou garantias legais.

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