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Alagoas
Postada em 20/05/2025 10:39 | Atualizada em 20/05/2025 10:51 | Por Todo Segundo

Com as chuvas, Palmeira afunda no caos após obras da Águas do Sertão

Buracos, lama e ruas destruídas colocam população em risco; empresa é alvo de críticas e pode ser investigada pelo MPE
Choveu, virou lama: Palmeira enfrenta o colapso das ruas após obras da Águas do Sertão - Foto: Internauta

O que era para representar um avanço na infraestrutura e qualidade de vida da população de Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas, tem se tornado motivo de frustração e revolta. As obras de saneamento básico realizadas pela empresa Águas do Sertão vêm causando uma série de transtornos à população, que reclama da má execução dos serviços, atrasos injustificados, buracos deixados abertos por dias e ruas completamente destruídas sem qualquer sinal de recuperação adequada.

Com a chegada das chuvas, a situação se agravou. Os buracos se transformaram em armadilhas perigosas, há trechos alagados e intransitáveis, e o risco de acidentes aumentou consideravelmente, tanto para motoristas quanto para pedestres. Em alguns bairros, moradores relatam que não conseguem sequer tirar o carro da garagem em dias de chuva.

“É um descaso total. Eles quebram as ruas, deixam tudo aberto, jogam um barro por cima e somem. Agora com essa chuva, virou um lamaçal. Já caíram motoqueiros, idosos…”, relatou Maria das Dores, moradora do bairro São Francisco.

Diante do crescente número de reclamações, representantes da sociedade civil articulam um pedido formal de apuração ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), para que a conduta da Águas do Sertão seja investigada. O objetivo é que o órgão determine a responsabilidade pelos prejuízos causados e exija da empresa medidas urgentes para correção dos danos.

A Promotoria de Justiça local deve ser acionada nos próximos dias com base em relatos de moradores, fotos e vídeos que circulam nas redes sociais e documentos que comprovam a precariedade das obras e os impactos diretos sobre a mobilidade e a segurança da população.

Segundo informações apuradas pelo Portal Todo Segundo, os principais problemas se concentram em bairros como Eucalipto, Vila Maria, Juca Sampaio e São Francisco. Em muitos desses locais, além da buraqueira, há falta de sinalização, ausência de prazos para conclusão das obras e comunicação deficiente com os moradores.

Na última segunda-feira (19), a prefeita de Palmeira dos Índios, Tia Júlia (MDB), participou de uma reunião em Maceió com representantes da empresa Águas do Sertão. Durante o encontro, ela cobrou mais agilidade e responsabilidade na execução dos serviços. “É preciso muita paciência para suportar os transtornos. Mas a empresa precisa ser mais ágil quanto ao trabalho de reparos no que foi quebrado e, também, na limpeza. As pessoas estão reclamando muito e todos têm razão”, afirmou Tia Júlia.

A população, no entanto, cobra respostas mais contundentes. “Não adianta reunião se a cidade continua do mesmo jeito. A gente quer ação, quer as ruas recuperadas e o fim desse sofrimento”, disse o autônomo Marcos Silva.

Com os transtornos se acumulando, a atuação do MPAL poderá ser decisiva para pressionar a empresa a agir com mais responsabilidade e garantir que os serviços de saneamento não se tornem um problema ainda maior para a cidade.

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