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Alagoas
Postada em 17/07/2025 18:48 | Atualizada em 17/07/2025 22:37 | Por Todo Segundo

Alagoas volta a registrar alta nos casos de síndrome respiratória grave em crianças

Vírus sincicial respiratório é o principal causador; Fiocruz destaca necessidade urgente de vacinação
Alagoas tem aumento de casos graves em crianças por vírus respiratório, apesar de queda nacional

Alagoas volta a ligar o sinal de alerta para o avanço de doenças respiratórias graves. Segundo o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (17), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), houve retomada no crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças no estado, principalmente causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR) — o principal vilão das internações infantis neste período do ano.

O cenário preocupa autoridades de saúde, apesar de uma tendência de estabilidade ou queda observada em parte do país. O VSR, que acomete principalmente bebês e crianças pequenas, mantém níveis elevados de incidência na maioria dos estados brasileiros, sendo o principal agente por trás de quadros respiratórios graves nessa faixa etária.

Além das crianças, os idosos seguem como o grupo com maior risco de morte por SRAG, com a influenza A liderando as causas de hospitalizações e óbitos.

Vacinação é fundamental

A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação contra a gripe e a Covid-19, sobretudo para os grupos mais vulneráveis:

“Apesar da diminuição dos casos de SRAG associados à influenza A e ao VSR em várias regiões, os números ainda são altos. A vacinação continua sendo a principal forma de proteção contra casos graves e mortes”, destacou.

Em Alagoas, mesmo com a campanha nacional de vacinação em curso, os dados mostram que a adesão ainda está aquém do ideal entre crianças e idosos.

Números preocupantes no Brasil

De acordo com a Fiocruz, 7.660 pessoas morreram por SRAG no Brasil apenas em 2025. Desses casos:

  • 54,7% foram causados por influenza A
  • 23,3% por Covid-19
  • 10,7% por VSR
  • 10,2% por rinovírus
  • 1,7% por influenza B

Entre as crianças pequenas, o VSR lidera com folga os registros, seguido do rinovírus e da influenza A. Já nos idosos, a influenza A é disparadamente a principal responsável por complicações, internações e mortes.

Situação por estados

Segundo o boletim, todas as 27 unidades da federação apresentaram tendência de queda ou estabilidade nos casos de SRAG nas últimas seis semanas, mas a maioria ainda se encontra em níveis de alerta, risco ou alto risco. Entre os estados mais afetados estão:

Norte: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima

Nordeste: Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Sergipe

Centro-Sul: São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Alagoas, especificamente, aparece entre os estados do Nordeste com crescimento recente nos casos de SRAG em crianças, impulsionado principalmente pelo vírus sincicial respiratório.

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