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Alagoas
Postada em 28/08/2025 16:03 | Por Todo Segundo

Alagoas está entre os 20 estados em alerta para Síndrome Respiratória Grave

Doença pressiona sistema de saúde e exige atenção de famílias e grupos de risco, diz Fiocruz
SRAG: Alagoas é incluído em lista de risco após aumento de internações por Covid-19 - Foto: Reprodução

Alagoas está entre os 20 estados brasileiros que entraram em nível de alerta para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de acordo com a mais recente atualização do InfoGripe, sistema de monitoramento da Fiocruz. O levantamento aponta que, enquanto outros estados enfrentam aumento de casos em crianças causado por vírus como o rinovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR), em Alagoas o crescimento está associado principalmente à Covid-19.

O alerta preocupa especialistas e reforça a necessidade de medidas preventivas, como vacinação, uso de máscaras em ambientes fechados e atenção redobrada aos sintomas gripais.

A Fiocruz identificou que o aumento de casos no estado tem relação direta com a baixa adesão à vacinação contra a Covid-19, especialmente entre idosos e grupos de risco. Além disso, a circulação do coronavírus continua impactando o número de internações por SRAG.

“A vacinação é essencial para reduzir complicações. Idosos e imunocomprometidos precisam tomar a dose contra a Covid-19 a cada seis meses, enquanto pessoas com comorbidades devem receber o reforço anual”, destacou a pesquisadora Tatiana Portella, integrante do Programa de Processamento de Dados Científicos da Fiocruz e responsável pelo Boletim InfoGripe.

No Brasil, já foram 163.956 casos notificados de SRAG em 2025, dos quais mais da metade tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Os dados mostram prevalência de rinovírus (25,2%), vírus sincicial respiratório (45,1%), influenza A (24,6%), além da Covid-19 (7%).

Nas últimas quatro semanas, os percentuais mudaram: a Covid-19 representou 11,5% dos casos positivos, evidenciando um avanço recente da doença como causa de internações graves.

Entre as capitais, apenas Manaus (AM) e Cuiabá (MT) estão com nível de alerta ou alto risco, mas a Fiocruz reforça que o monitoramento é constante e que novos estados podem entrar na lista caso as tendências de crescimento se mantenham.

Outro ponto destacado pela Fiocruz é a situação de crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos, faixa etária que concentra o crescimento de casos de SRAG em estados do Centro-Sul e em parte do Nordeste. Embora em Alagoas o aumento esteja ligado mais à Covid-19, o cuidado deve ser o mesmo.

“Caso crianças apresentem sintomas de gripe ou resfriado, devem ficar em casa e evitar frequentar a escola para impedir a disseminação dos vírus. A prevenção continua sendo a principal forma de proteção”, reforçou Tatiana Portella.

A inclusão de Alagoas na lista de estados em alerta reforça a necessidade de mobilização do sistema de saúde. 

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