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Coisa da Política

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Postada em 12/05/2025 09:03

Renan Filho articula federação com Republicanos e mira isolar Davi Davino em 2026

Ministro quer tirar Davi Davino do páreo pelo Senado, mas pode enfrentar resistência de Lira e até da própria base
Disputa antecipada: Renan busca federação para barrar avanço de Davino e irrita aliados - Foto: Reprodução

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), está no centro de uma articulação que pode redefinir os rumos da política alagoana e nacional em 2026: a formação de uma federação entre o MDB e o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. A movimentação, porém, tem gerado ruído — inclusive dentro da própria base renanzista.

A crítica, nem sempre pública, é de que Renan tenta se colocar como o “pai” da federação, atribuindo a si os méritos por uma construção que envolve interesses e disputas que vão além das fronteiras alagoanas. A iniciativa mira diretamente na disputa ao Senado por Alagoas em 2026 — e, mais especificamente, em Davi Davino Filho (PP), nome que aparece com força para a vaga e que representa uma pedra no sapato do clã Calheiros.

Renan Filho ainda carrega a derrota de 2022, quando foi superado por Davino em Maceió durante a campanha para o Senado, mesmo após dois mandatos como governador do estado. A federação com o Republicanos seria uma tentativa de isolar o ex-deputado estadual, inviabilizando sua candidatura ou esvaziando seu palanque.

Mas a jogada pode esbarrar em um adversário de peso: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que mantém relação próxima com o deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos. Com interesses próprios na composição do tabuleiro eleitoral de Alagoas, Lira pode agir para sabotar o avanço da aliança proposta por Renan, especialmente se enxergar nela uma ameaça à sua influência.

A tensão expõe uma disputa que vai além da montagem das chapas. Está em jogo o controle sobre a sucessão estadual e as vagas majoritárias de 2026, com MDB e PP travando uma batalha silenciosa, mas intensa, por alianças, tempo de TV e capilaridade eleitoral. Nos bastidores, a expectativa é que o desfecho da federação entre MDB e Republicanos funcione como um termômetro da força de Renan Filho dentro do governo Lula e do prestígio de Lira na articulação política nacional. Enquanto isso, Davi Davino observa atento — e, até aqui, em silêncio.

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