Durante entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (7), em Arapiraca, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), confirmou publicamente sua intenção de disputar o Governo de Alagoas nas eleições de 2026. A declaração foi dada antes da assinatura da ordem de serviço para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na cidade, em um momento que mesclou anúncio de obras com movimentação política de olho no futuro eleitoral.

“Estou pronto para voltar e continuar transformando nosso estado. Alagoas avançou muito nos últimos anos, mas ainda temos muito a fazer. Se for da vontade do povo alagoano e do nosso grupo político, estarei na disputa pelo governo em 2026”, afirmou o ministro, em resposta a uma pergunta sobre seus planos políticos.

A fala confirma o que já vinha sendo ventilado nos bastidores da política alagoana e nacional: Renan Filho pretende deixar o Ministério dos Transportes em abril do próximo ano, dentro do prazo legal de desincompatibilização, para disputar novamente o comando do Executivo estadual.

Renan governou Alagoas por dois mandatos consecutivos, entre 2015 e 2022, e é considerado um dos principais quadros do MDB no Nordeste. À frente do governo estadual, foi responsável por obras estruturantes, além de ter ganhado projeção nacional pela condução fiscal equilibrada e pelo aumento de investimentos públicos no estado.

Atualmente, no comando de uma das pastas mais estratégicas do governo Lula, Renan tem se mantido em destaque no cenário político federal, mas o retorno à política estadual reacende o debate sobre sucessão em Alagoas e deve influenciar diretamente as articulações partidárias nos próximos meses.

Questionado sobre possíveis adversários na disputa, o ministro adotou tom cauteloso: “Cada um tem o seu projeto. Eu sigo focado no que me cabe agora: trabalhar até o último dia no Ministério dos Transportes para entregar resultados concretos ao Brasil e, em especial, a Alagoas.”

A confirmação da pré-candidatura promete reconfigurar o xadrez eleitoral alagoano e abrir caminho para novas definições dentro da base governista e da oposição, que também começa a se movimentar de olho na disputa de 2026.