14/08/2025 07:23:48
André Avlis
OPINIÃO: O CSA cometeu uma bizarrice que não se vê nem na várzea
Técnico Márcio Fernandes deixou o cargo após 14 dias para o retorno de Higo Magalhães
Futebol ZorraTécnicos do CSA

Nem Freud explica.

Existem acontecimentos no futebol que são de difícil entendimento. Ou talvez estes episódios aconteçam apenas com o CSA.

Imagine você demitir um técnico com o pretexto de que o profissional não estava conseguindo extrair uma melhor performance de um grupo de jogadores que ele ajudou a montar.

Então, a 'solução' veio através de decisões tomadas em conjunto pela diretoria para que o mesmo fosse demitido. Naturalmente outro técnico é contratado, no entanto, com ideias, metodologia e com um perfil totalmente diferente do seu antecessor, sobretudo, com conceitos diferentes das características individuais e coletivas do elenco.

Foi isso que o CSA fez.

Higo Magalhães foi demitido no dia 29 de julho; Márcio Fernandes assumiu o time no dia 12 de agosto e ficou apenas 14 dias no comando da equipe. Em sua ligeira passagem disputou quatro jogos, somando uma vitória, dois empates e uma derrota.

Faltou critério, convicções, fundamentos, 'timing' ou quaisquer sinônimos e adjetivos que possamos elencar diante destas decisões grotescas.

E a situação piora como uma bola de neve.

Segundo informações, a decisão de repatriar o "novo/velho" treinador partiu da presidente Mirian Monte. Com isso, o Superintendente de Futebol, Luciano Lessa, sentindo-se desprestigiado anunciou sua saída do clube. E com muita razão, uma vez que seu cargo e sua opinião foram atropelados através da falta de hierarquia num assunto de sua competência.

Em meio a toda esta confusão, agora é de conhecimento que a atual presidente do clube entrou em contato com o ex-presidente Rafael Tenório, que informou que opinou sobre as tomadas de decisões sobre o treinador e se colocou à disposição para ajudar o clube na Série C.

O CSA conseguiu deixar de ser um bom exemplo a seguir, para ser uma amostra de desorganização. Um acumulado de erros criado através da falta do mínimo de gerenciamento. Tudo isso é menos de dois meses.

Nem na várzea nós vemos algo do tipo. E que me perdoe a várzea.

Se vai dar certo, só Deus sabe. Mas sabemos que no futebol as chances de um trabalho moldado através de decisões equivocadas, cheias de caos, confusão e discordâncias, dificilmente conseguem ter êxito.

E mais uma vez: que me perdoe a várzea.

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