Um vexame assinado pela falta de planejamento.
A derrota dessa terça-feira (9) por 1 a 0 para a Bolívia, a mais de 4.000 metros de altitude, encerrou a participação do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
O Brasil ficou na 5ª colocação, com apenas 28 pontos em 18 partidas. A Seleção fechou a compatição com 51% de aproveitamento, o pior desempenho desde que o atual formato, em pontos corridos foi adotado em 1996 foi criado. Caso a Copa ainda tivesse o formato anterior, com 32 equipes, por exemplo, o país estaria na repescagem.
Ainda assim, com toda essa performance pífia, graças ao ranking da FIFA, por estar entre os noves primeiros colocados, o Brasil será cabeça de chave no sorteio do Mundial.
Existem culpados por todo esse desastre no aspecto desempenho. A principal, aquela que cuida - ou deveria cuidar - do nosso futebol: a CBF.
O ciclo para a Copa de 2026 foi um fiasco. Instabilidade política, decisões equivocadas, campanha marcada por três treinadores diferentes - até a chegada de Ancelotti - entre interinos e efetivos (Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior).
Em resumo, um ciclo jogado na lata de lixo. Foram três anos desperdiçados pela má gestão de uma instituição que entra ano, sai ano, mostra-se vulnerável e incapaz de fortalecer um dos seus pricipais produtos. Tratando-se, claro, do campo. Porque fora dele, a farra com a grana é acentuada.
O desempenho em campo retrata todo este processo irregular. Além da dificuldade natural de reunir jogadores para que eles assimilem o trabalho, as mudanças de metodologia, padrão de jogo, perfil e especificidades de cada técnico arruinaram toda a performance coletiva e individual da Seleção.
Há quem compare toda esta bagunça com as campanhas e Copas de 1994 e 2002 - onde os títulos foram conquistados. Mas não dá para sempre normalizar algo errado na esperança que dê certo como em outros momentos. Até pode acontecer, pois a competição é atípica e de tiro curto, no entanto, ter este pensamento parece-me tolice.
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