14/05/2025 09:40:12
Política
JHC em silêncio: prefeito de Maceió e as alianças incertas para 2026
O silêncio do prefeito da capital alagoana tem gerado ruído no meio político local
DivulgaçãoJHC e o Isolamento Estratégico: Alianças Inseguras para as Eleições de 2026 em Alagoas
Todo Segundo

Em meio à movimentação política que já se desenha para as eleições de 2026 em Alagoas, uma cena tem sido repetidamente observada nos bastidores: políticos alagoanos, tanto da oposição quanto da situação, se queixam do silêncio do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC) do PL.

Nos últimos meses, tem sido comum que telefonemas de deputados, prefeitos e outras figuras políticas fiquem sem resposta, com a justificativa de que o prefeito está em Brasília ou, em algumas versões, que só atende aos telefonemas de um círculo restrito, com destaque para o senador e ministro dos Transportes Renan Filho (MDB). Este comportamento tem gerado desconfiança e até frustração, principalmente entre aqueles que ainda nutrem esperanças de uma aliança com o prefeito nas próximas eleições.

Embora a atual gestão de JHC em Maceió seja vista como relativamente estável, uma série de declarações vindas de políticos locais indicam que o prefeito da capital tem mantido uma postura mais isolada.

Em muitos gabinetes, comenta-se de forma ácida que as ligações dos aliados e adversários são frequentemente ignoradas. "Só se for o Renan Filho, caso contrário, não tem retorno", relatam fontes dentro do próprio campo político. Essa postura tem alimentado rumores sobre a estratégia de JHC para as eleições de 2026, e mais especificamente, sobre sua possível migração para o PSB, um movimento que deve acontecer independente do futuro político de sua tia, Marluce Caldas, que é cogitada para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Recentemente, uma visita ao Palácio do Planalto teria reforçado essa especulação sobre a migração partidária de JHC. Junto com Renan Filho e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), o prefeito de Maceió foi visto em Brasília. A visita, que teria sido sinalizada pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reforça a ideia de que JHC está buscando um fortalecimento da sua aliança com Campos. A estratégia de JHC em se aproximar do PSB parece ter como objetivo uma colaboração política de longo prazo com Campos, o que, ao mesmo tempo, representa um distanciamento do PL e da relação com Arthur Lira.

A relação de JHC com os aliados e adversários de hoje tem sido marcada pela incerteza. Nos bastidores, opositores de JHC já estão avançando em uma tentativa de atrair aqueles que ainda estão esperando uma definição do prefeito sobre seu futuro político. Enquanto isso, os aliados estão apreensivos, sem saber se poderão contar com o apoio de JHC em 2026, caso ele decida não voltar suas alianças para o PSB ou para uma candidatura mais independente.

"Estamos em um momento de espera. Muitos políticos que poderiam apoiar JHC em 2026 estão atentos a qualquer movimento dele. A indefinição sobre o futuro do prefeito está criando uma janela de oportunidades para os adversários", diz um interlocutor de um dos partidos de oposição.

Uma das questões que mais preocupa políticos locais é a falta de retorno de JHC sobre reuniões e possíveis conversas com partidos e lideranças. Em um cenário político onde as alianças podem mudar rapidamente, a ausência do prefeito nas articulações políticas pode ser vista como um movimento calculado ou como uma forma de consolidar sua autonomia política. No entanto, a falta de clareza sobre suas intenções tem deixado um vácuo no cenário político local.

Ainda é cedo para afirmar com certeza qual será o futuro político de JHC. Ele tem uma base sólida em Maceió, mas sua estratégia para 2026 está longe de ser clara. Se sua migração para o PSB se concretizar, ele poderá abrir caminho para uma nova trajetória política, talvez até mesmo uma candidatura ao governo de Alagoas, apoiado por João Campos. No entanto, enquanto o prefeito não se posiciona de maneira definitiva, o cenário político de Alagoas segue incerto, com todos aguardando os próximos passos do prefeito, que, por enquanto, tem se mostrado mais inclinado a ficar em silêncio do que em pleno diálogo com os atores políticos locais.

Enquanto a situação se desenrola, o eco das ligações não atendidas continua a ressoar nos gabinetes alagoanos, alimentando uma narrativa de incerteza e especulação que promete ser um dos grandes temas do ano eleitoral em Alagoas.

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