Alagoas está entre os estados com os piores índices de alfabetização no país. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Ministério da Educação (MEC), apenas 48,6% das crianças matriculadas na rede pública foram alfabetizadas até o fim do 2º ano do ensino fundamental em 2024. O índice alagoano está muito abaixo da meta mínima estabelecida pelo governo federal, de 60%, para este ano.
O dado integra o balanço nacional feito a partir das avaliações aplicadas entre outubro e novembro do ano passado em 5.450 municípios, abrangendo mais de 2 milhões de alunos de 42 mil escolas públicas em todo o Brasil.
Para o ministro da Educação, Camilo Santana, os índices ruins não são apenas um problema local, mas refletem desafios nacionais. “O Brasil registrou 59,2% de crianças alfabetizadas, abaixo da meta de 60%. Estados como Rio Grande do Sul tiveram uma queda drástica por situações atípicas, como as fortes chuvas que dificultaram o acesso às escolas”, afirmou.
No entanto, Alagoas faz parte do grupo de oito estados que apresentam menos da metade das crianças alfabetizadas. Além de Alagoas, compõem esse grupo Amazonas (49,2%), Pará (48,2%), Amapá (46,6%), Rio Grande do Sul (44,7%), Rio Grande do Norte (39,3%), Sergipe (38,4%) e Bahia (36%).
O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, firmado pelo MEC com todos os estados, estabeleceu metas progressivas até 2030, com o objetivo de garantir que mais de 80% das crianças estejam alfabetizadas até o fim do 2º ano do ensino fundamental.
Para 2025, a meta é alcançar 64% no país. “Estamos mobilizados para que Alagoas avance. É um trabalho de parceria entre governos federal, estadual e municipais, além da comunidade escolar e sociedade civil. A alfabetização não pode ser questão política, mas uma política de Estado”, reforçou o ministro Camilo Santana.
Enquanto isso, o estado precisa superar grandes desafios para evitar que as desigualdades educacionais ampliem ainda mais a distância entre Alagoas e estados com melhores resultados, como o Ceará, que já alcançou 85,3% das crianças alfabetizadas, muito acima da meta prevista para 2030.
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