Apesar de o Brasil ter registrado o melhor saldo de empregos formais para o mês de abril desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020, Alagoas terminou na lanterna entre todas as unidades da federação na criação de empregos formais. O estado abriu apenas 414 novos postos de trabalho com carteira assinada, desempenho inferior ao de Roraima (669 vagas) e Acre (760 vagas).
O balanço, divulgado na última quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revela que o Brasil criou 257.528 vagas formais em abril, resultado de 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos. No acumulado de janeiro a abril, o país já soma 922 mil novos empregos, sinalizando recuperação no mercado de trabalho nacional.
No entanto, Alagoas apresentou a menor variação entre todos os estados, com crescimento de apenas 0,09% no estoque de empregos formais. Enquanto isso, São Paulo liderou com 72.283 novas vagas, seguido por Minas Gerais (29.083) e Rio de Janeiro (20.031). Até mesmo Roraima (0,80%) e Acre (0,68%) superaram o desempenho de Alagoas.
Estrutura econômica frágil
O economista João Ferreira, especialista em mercado de trabalho, atribui o fraco desempenho alagoano a problemas estruturais da economia estadual. “Alagoas ainda depende muito de atividades sazonais, como o turismo e a agricultura, que têm dificuldades em gerar empregos formais de forma consistente. Além disso, a baixa diversificação econômica limita a capacidade de absorver trabalhadores qualificados em setores de maior valor agregado”, explica.
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