O primeiro relatório do Observatório Alagoas de Igualdade de Gênero, divulgado nesta segunda-feira (18), revela dados alarmantes sobre a violência doméstica no estado. Entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2025, foram registrados 6.811 boletins de ocorrência, concentrados principalmente em Maceió (52,7%), seguida por Arapiraca (15,9%), Rio Largo (4,9%) e União dos Palmares (4,5%).
Na capital, os bairros com maior incidência de casos foram Cidade Universitária (23,7%), Benedito Bentes (18%), Jacintinho (12,9%), Tabuleiro dos Martins (12,4%) e Clima Bom (8,8%).
O levantamento também indica um aumento recorde no número de agressores presos, com destaque para a Operação Chamar, realizada neste mês de Agosto Lilás, que resultou em mais de 120 prisões até o dia 18.
Segundo a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), o estudo permite compreender melhor os indicadores e antecipar ações de prevenção. Em Arapiraca, por exemplo, já foram articuladas medidas para ampliar o atendimento às vítimas.
O relatório evidencia que, apesar dos esforços pontuais, a violência doméstica segue em patamar elevado em Alagoas, sinalizando a necessidade de estratégias mais eficazes de prevenção, proteção e acompanhamento das vítimas.
O levantamento contou com participação de pesquisadores da UFAL e representantes do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM/AL), reforçando a importância de estudos que orientem políticas públicas baseadas em dados concretos.
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