A Polícia Federal em Alagoas deu mais um passo firme no combate ao tráfico de drogas interestadual ao identificar o homem suspeito de enviar cerca de 8 quilos de cocaína pelos Correios. A investigação, conduzida com precisão técnica e uso de ferramentas de ponta, revelou a identidade do suspeito a partir de fragmentos de impressões digitais encontrados na embalagem da droga.

O caso teve início após a interceptação de uma encomenda durante uma fiscalização de rotina, em que os agentes desconfiaram do volume e do peso do pacote. A abertura controlada revelou a droga, cuidadosamente embalada para despistar a fiscalização.

A partir daí, entrou em cena o trabalho meticuloso da perícia criminal da PF. Mesmo com o cuidado do remetente em não deixar vestígios, micros fragmentos de impressões digitais foram localizados. Essas impressões foram processadas e analisadas com o auxílio do ABIS (Automated Biometric Identification System) — o sistema automatizado de identificação biométrica utilizado nacionalmente pelas forças de segurança.

Graças ao cruzamento de dados com o banco nacional, os peritos conseguiram identificar o suspeito. Embora o nome esteja sendo mantido sob sigilo para preservar o andamento das investigações, a PF já apura indícios de que ele seja membro de uma organização criminosa, com atuação voltada ao tráfico de drogas por vias logísticas consideradas “discretas”, como o serviço postal.

Segundo a corporação, o objetivo da investigação não é apenas prender o remetente, mas mapear toda a cadeia criminosa, desde os fornecedores até os distribuidores finais, incluindo eventuais ramificações em outros estados. A Polícia Federal informou que novas diligências estão em andamento e que o suspeito ainda não foi localizado.

“A atuação integrada da perícia com a tecnologia de identificação biométrica tem sido crucial para desvendar crimes que, à primeira vista, pareceriam impossíveis de rastrear. Cada detalhe conta, e é esse olhar técnico que nos permite avançar”, destacou um delegado envolvido na investigação, sob condição de anonimato.

A PF tem intensificado as fiscalizações sobre o uso dos Correios para o tráfico de entorpecentes e já conseguiu desarticular diversas tentativas de envio de drogas por encomenda nos últimos meses. A apreensão dos 8 kg de cocaína representa não apenas um prejuízo financeiro às organizações criminosas, mas também um reforço na capacidade investigativa da corporação.

A população pode colaborar com as investigações por meio de denúncias anônimas, utilizando os canais oficiais da Polícia Federal.