A Polícia Civil de Alagoas deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (1º), a operação "Shamar", voltada à prevenção e repressão à violência contra a mulher. A ação, que integra a campanha “Agosto Lilás”, cumpre 32 mandados de prisão em diversos municípios do estado, com foco em crimes relacionados à Lei Maria da Penha, como feminicídio, estupro, ameaça, lesão corporal e violência doméstica. Até o momento, 20 pessoas já foram presas.

Coordenada pela delegada Ana Luiza Nogueira, titular da Coordenadoria das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), e sob o comando do delegado-geral Gustavo Xavier, a operação tem como objetivo ampliar o enfrentamento aos crimes de gênero e proteger potenciais vítimas.

Os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente em Maceió, Arapiraca, Penedo, Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia. Os alvos da operação são acusados de crimes como estupro de vulneráveis, ameaças, lesões corporais e outras formas de violência doméstica.

Para a execução da operação, foi mobilizado um amplo efetivo policial, envolvendo equipes da DEAM, da DEACLE (Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), CORE (Centro de Operações Policiais Especiais), DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), SAER (Serviço de Apoio às Escolas de Repressão), DCCCA, OPLIT (Operação Policial Litorânea Integrada), além de delegacias especializadas, distritais e apoio da Operação Aérea da Secretaria de Segurança Pública (SSP/AL).

Segundo a Polícia Civil, o objetivo da "Shamar" — palavra de origem hebraica que significa “cuidar, proteger, guardar” — é não apenas cumprir mandados judiciais, mas também reforçar o papel do Estado na defesa da vida e da integridade das mulheres alagoanas.

Os detalhes da operação serão apresentados em entrevista coletiva marcada para as 7h30 da manhã, na sede da Delegacia Geral, no bairro de Jacarecica, em Maceió.

A operação "Shamar" ocorre em sintonia com ações de conscientização promovidas ao longo de agosto, mês dedicado à luta contra a violência de gênero, e marca o reforço institucional no combate a práticas que atentam contra a dignidade, a segurança e a vida das mulheres.