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Polícia
Postada em 22/08/2025 17:46 | Atualizada em 22/08/2025 22:56 | Por Todo Segundo

Polícia Civil confirma que arma atribuída a Gabriel Lincoln foi plantada por PMs

PMs tentaram forjar cenário de legítima defesa ao atribuir revólver como se fosse de Gabriel
Gabriel Lincoln Pereira da Silva, 16 anos, morreu durante uma perseguição da Policia Militar - Foto: Reprodução

O inquérito sobre a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, trouxe à tona uma revelação que reforça a versão sustentada pela família desde o início: o adolescente estava não estava armado quando foi morto durante uma perseguição policial, no dia 3 de maio de 2025, em Palmeira dos Índios.

A conclusão é da Polícia Civil, por meio da Unidade de Homicídios da 5ª Região e da Coordenação de Homicídios, com apoio da Polícia Científica. O documento aponta ainda que três policiais militares tentaram forjar um cenário de legítima defesa ao apresentar um revólver calibre .38 como se fosse de Gabriel.

Segundo o inquérito, a arma de fogo atribuída ao adolescente foi plantada pela guarnição da Polícia Militar, fato que agrava ainda mais a situação dos policiais envolvidos. Exames avançados de DNA realizados no revólver confirmaram que o material genético encontrado não pertencia a Gabriel.

Além disso, a perícia balística atestou que o revólver estava em plenas condições de uso, mas não havia qualquer indício de que tivesse sido manuseado pelo jovem. Esses elementos técnicos foram decisivos para reforçar a conclusão de que o adolescente não portava arma no momento em que foi alvejado.

Com a finalização do inquérito, a Polícia Civil remeterá o caso ao Ministério Público de Alagoas (MPAL), responsável por oferecer denúncia contra os policiais militares indiciados e adotar as providências legais cabíveis.

A conclusão da investigação reforça a versão da família de Gabriel, que desde o início negou qualquer envolvimento do adolescente com armas de fogo. O caso deve ampliar o debate sobre abuso policial, fraude em ocorrências e a necessidade de responsabilização de agentes de segurança pública.

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