Nos Estados Unidos, no Brasil ou em qualquer democracia a disputa pelo poder é concentrada em duas forças eleitorais (situação e oposição) e assim vão se alternando, tempos um,  tempos outro. 

Aqui em Palmeira não é diferente,  James Ribeiro foi poder por oito anos,  agora o poder é Júlio Cézar. Situação e oposição. 

Júlio foi oposição e hoje é situação. James que hoje é oposição, quer ser situação. O senhor da razão (o tempo) dirá quem vencerá. 

Na eleição em que Júlio foi eleito a vereador, ele era situação, chegou inclusive a ser o líder do governo de James, mas, rompeu e lançou-se candidato a prefeito sendo eleito com uma votação expressiva.

Com o rompimento de Júlio, o grupo da situação enfraqueceu. O ex aliado soube se posicionar, formou um grupo de insatisfeitos e conseguiu ganhar do todo poderoso.

Na época, podia passar pela cabeça de James que em razão de ser o prefeito, ter amizades e prestígio com o governador e senadores, era imbatível, elegia quem quisesse. Estava errado e perdeu para um menino de origem pobre da Palmeira de fora, sem nenhuma tradição política.

Em política, quem não soma perde! Júlio tem um grupo forte que vem dando sustentação ao seu governo e com isto fez e está fazendo uma excelente administração, o êxito de sua administração é a união de forças políticas que lhe dão sustentação, além de seu traquejo político, é um homem do diálogo. 

Agora é reta final, a hora mais difícil e delicada de seu governo, precisa ser muito hábil para evitar que estas forças se separem, hora de conversar, unir e convencer que a unidade é o melhor caminho. Cidade pequena não existe segredo. Todos sabem que o vice-prefeito Dr. Márcio pretende ser candidato, especula-se outro aliado com esta pretensão como o vereador  Cristiano Ramos, portanto,  todos da situação. 

Duas importantes lideranças com o mesmo objetivo, e, caso não sejam convencidos a retirarem as candidaturas, poderão enfraquecer sobremaneira a base situacionista.

Portanto, o sucesso da candidata já anunciada pelo prefeito Júlio Cézar ( tia Júlia), em tese, depende da habilidade para unir a ambição natural dos aliados que pretendem sair candidatos. Política é soma, se diminuir corre perigo.

A situação hoje tem três pré-candidatos: Tia Júlia, que já sai fortíssima com o apoio do governo municipal; Dr Márcio, que está sem partido; e o vereador e ex-secretário de educação Cristiano Ramos. A oposição por enquanto só tem um.

Como as convenções só ocorrerão em junho,  tem tempo demais e suficiente para conversarem e muitas águas rolarão.

O Tempo é o senhor da razão!!

Francisco de França- Advogado